Um encontro literário na Biblioteca Municipal

Dia 1 de dezembro, de 2014, as alunas Cátia Rodrigues e Vanessa Ovelheiro encontraram-se com 3 amigas (utentes da ERPI São João Baptista) para falar de livros, literatura e autores portugueses. As alunas, que recentemente assistiram ao filme "Os Maias" de João Botelho, partilharam algumas opiniões sobre a Obra de Eça de Queirós.

Também prepararam algumas questões e as respostas que obtiveram foram as seguintes:

P.1 - Qual ou quais os escritores que marcaram as suas vidas?

A D.ª Natividade respondeu “inevitavelmente Júlio Dinis”, a D.ª Fernanda disse que tinha muitos autores, mas que se tivesse que escolher um seria Trindade Coelho, já a D.ª Manuela disse-nos que a memoria dela já não era a mesma e portanto não nos poderia dar nomes, mas que, de facto, existiram muitos autores a marcar a sua vida.

P.2 - Que livro recomendariam aos jovens de hoje?

A D.ª Fernanda e a D.ª Manuela estavam ambas de acordo e aconselhavam a ler “Os fidalgos da casa Mourisca”, pelo contrário, a dona Natividade, discordando com as suas colegas, aconselhava a ler “Madrugada suja”, onde referiu, que apesar de ter um início de história sujo, o final recompensava (tem um final muito lindo!).

P.3. Se tivessem as mesmas capacidades de visão e de memória que na época da vossa juventude que clássicos portugueses voltariam a ler?

A D.ª Manuela apenas respondeu “confesso que estou um pouco retraída para a leitura", a D.ª Fernanda diz que se pudesse voltaria a ler as obras de “Almeida Garrett”, já a D.ª Natividade disse-nos que gostaria muito de voltar a ler as obras de Camilo Castelo Branco, para os poder guardar em sua memoria, de novo.

P.4. - Qual o autor que menos gostam independentemente de gostarem das suas obras?

Todas estiveram de acordo que o autor que menos as fascinava era José Saramago.

P.5. Para concluir a entrevista, perguntamos-lhes se concordavam com a leitura obrigatória de clássicos portugueses (Eça de Queirós, Almeida Garrett, Fernando Pessoa, entre outros…) no secundário?     

Todas disseram que não concordavam (pois nem todos tem o mesmo gosto, deveriam ser os alunos a escolher por sua livre vontade e assim ter mais motivações para continuarem a ler).